domingo, 15 de abril de 2012

Ó Capitão, Meu Capitão!!!


O "Sociedade dos Poetas Mortos" sempre foi um filme que me encantou. Na minha primeira fase da adolescência, quando o vi pela primeira vez, fiquei emocionado de tal forma que me vi subindo sobre mesas e cadeiras em diferentes locais, buscando encontrar o "outro ângulo" de observação de que trata o filme.

O assisti incontáveis vezes desde então e sempre me emociono. A forma como a educação pode ser tratada e decisiva na vida dos jovens é algo fascinante! O delírio daqueles alunos por seu professor "revolucionário", que tinha métodos novos e diferenciados somava-se ao meu deslumbramento pelos temas centrais: poesia, liberdade, amizade, ética.

Hoje, como professor, vejo cada vez mais o quanto esse filme parece comigo. Não por eu ser um Prof. Keating (quem dera), mas pela minha paixão pela poesia, música, leitura e liberdade. E por eu tentar passar, sempre que possível, isso aos meus alunos.

Um filme pra ser visto e revisto de tempos em tempos. Principalmente aos que, como eu, tem vocação para o ensino. Esse filme ensina muito e nos permite acreditar, ao menos um pouco, que os sonhos são sempre possíveis de serem alcançados!!!




Segue a tradução do poema de Walt Whitman citado no filme:



Oh capitão! Meu capitão! nossa viagem
medonha terminou;
O barco venceu todas as tormentas,
O prêmio que perseguimos foi ganho;
O porto está próximo, ouço
Os sinos, o povo todo exulta,
Enquanto seguem com o olhar a quilha firme,
O barco raivoso e audaz:

Mas oh coração! coração! coração!
Oh gotas sangrentas de vermelho,
No tombadilho onde jaz meu capitão,
Caído, frio, morto.

Oh capitão! Meu capitão! Erga-se
e ouça os sinos;
Levante-se – por você a bandeira dança – por
você tocam os clarins;
Por você buquês e fitas em grinaldas -
por você a multidão na praia;
Por você eles clamam, a reverente multidão
de faces ansiosas:

Aqui capitão! pai querido!
Este braço sob sua cabeça;
É algum sonho que no tombadilho
Você esteja caído, frio e morto.

Meu capitão não responde, seus lábios
estão pálidos e silenciosos
Meu pai não sente meu braço, ele não
tem pulsação ou vontade;
O barco está ancorado com segurança
e inteiro, sua viagem finda, acabada;
De uma horrível travessia o vitorioso barco
retorna com o almejado prêmio:

Exulta, oh praia, e toquem, oh sinos!
Mas eu com passos desolados,
Ando pelo tombadilho onde jaz meu capitão,
caído, frio, morto.



Carpem Diem!!!

3 comentários:

  1. Muito bonito a forma como vc escreveu o texto!
    E obrigada por postar este belo poema!

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  2. Belíssimo filme! E este poema vai ser cantado por mim e por meus amigos da classe de literatura norte americana. Muito lindo!

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  3. Ontem, 11.08.2014, morreu Robin Willians, O Capitão, Meu Capitão, que estrelou o filme Sociedade dos Poetas Mortos. Ator com personagens diversos, marcantes e inesquecíveis. Vá em paz Capitão. Carpem Diem!

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