terça-feira, 25 de março de 2014

A FALÁCIA NOSSA DE CADA DIA...



Encontrei esse assunto no facebook do colega Hudson Costa e resolvi compartilhar com vocês. 

Acho interessante notar que você provavelmente já vivenciou diversas dessas situações, de forma bilateral. Eu particularmente já me deparei com todos esses tipos e infelizmente já me peguei cometendo alguns também... por isso serve para que aprendamos juntos a respeitar a ética nas discussões! 


“FALÁCIA é um argumento logicamente inconsistente, inválido ou falho na capacidade de provar o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos. É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para analisar a argumentação alheia. Exemplos:


1- ESPANTALHO: Você desvirtuou um argumento para torná-lo mais fácil de atacar. Ao exagerar ou simplesmente inventar um argumento de alguém, fica bem mais fácil apresentar a sua posição como razoável ou válida por colocar em questão a credibilidade da pessoa. 


2- CAUSA FALSA: Você supôs que uma relação real ou percebida entre duas coisas significa que uma é a causa da outra. Supõe-se que pelo fato de duas coisas estarem acontecendo juntas, uma é a causa da outra. Este erro consiste em ignorar a possibilidade de que possa haver uma causa em comum para ambas ou de que as duas coisas não tenham absolutamente nenhuma relação de causa. 


3- APELO À EMOÇÃO: Você tentou manipular uma resposta emocional no lugar de um argumento válido ou convincente. Exemplo: Fulano não queria comer o seu prato de cérebro de ovelha com fígado picado, mas seu pai o lembrou de todas as crianças famintas que não tinham qualquer tipo de comida.


4- LADEIRA ESCORREGADIA: Você faz parecer que o fato de permitirmos que aconteça A fará com que aconteça Z, e por isso não podemos permitir A. O problema com essa linha de raciocínio é que ela evita que se lide com a questão real, jogando a atenção em hipóteses extremas. Como não se apresenta nenhuma prova de que tais hipóteses extremas realmente ocorrerão, esta falácia toma a forma de um apelo à emoção do medo.


5- AD HOMINEM: Você ataca o caráter ou traços pessoais do seu oponente em vez de refutar o argumento dele. 


6- TU QUOQUE (VOCÊ TAMBÉM): Você evita ter que se engajar em críticas virando as próprias críticas contra o acusador, responde críticas com críticas. Geralmente empregada como um mecanismo de defesa, por tirar a atenção do acusado ter que se defender e mudar o foco para o acusador. A implicação é que, se o oponente de alguém também faz aquilo de que acusa o outro, ele é um hipócrita. 


7- INCREDULIDADE PESSOAL: Você considera algo difícil de entender, ou não sabe como funciona, por isso você dá a entender que não seja verdade.


8- ALEGAÇÃO ESPECIAL: Você altera as regras ou abre uma exceção quando sua afirmação é exposta como falsa. Em vez de aproveitar os benefícios de poder mudar de ideia, muitos inventarão modos de se agarrar a velhas crenças e pensar que aquilo no qual elas acreditavam ser verdade deve continuar sendo verdade. 


9- PERGUNTA CARREGADA: Você faz uma pergunta que tem uma afirmação embutida, de modo que ela não pode ser respondida sem uma certa admissão de culpa.


10- ÔNUS DA PROVA: Você espera que outra pessoa prove que você está errado, em vez de você mesmo provar que está certo. Tirar a importância de um argumento só porque ele apresenta um fato que não foi provado.


11- AD POPULUM: Você apela para a popularidade de um fato, no sentido de que muitas pessoas fazem/concordam com aquilo, como uma tentativa de validação dele. A popularidade de uma ideia não tem absolutamente nenhuma relação com a sua validade. Se houvesse, a Terra teria se feito plana por muitos séculos, pelo simples fato de que todos acreditavam que ela era assim.


12- PRETO-OU-BRANCO: Você apresenta dois estados alternativos como sendo as únicas possibilidades, quando de fato existem outras. Também conhecida como falso dilema, sob análise mais cuidadosa fica evidente que há mais possibilidades além das duas apresentadas.


13- CAUSA DIMINUTA: Apontar uma causa irrelevante. Exemplo: Vocês discutem quem tem direito ao título de “doutor”, enquanto tem gente passando fome.


14- APELO À NATUREZA: Você argumenta que só porque algo é “natural”, aquilo é válido, justificado, inevitável ou ideal. Só porque algo é natural, não significa que é bom. Assassinato, por exemplo, é bem natural.


15- ANEDÓTICA: Você usa uma experiência pessoal ou um exemplo isolado em vez de um argumento sólido ou prova convincente. Geralmente é bem mais fácil para as pessoas simplesmente acreditarem no testemunho de alguém do que entender dados complexos e variações “abstratas”


16- MEIO-TERMO: Você declara que uma posição central entre duas extremas deve ser a verdadeira. Às vezes uma coisa simplesmente não é verdadeira, e um meio termo dela também não é. O meio do caminho entre uma verdade e uma mentira continua sendo uma mentira.


17- APELO AO RIDÍCULO: Ridicularizar um argumento como forma de derrubá-lo. Exemplo: Se a teoria da evolução fosse verdadeira, significaria que o seu tataravô seria um gorila.


18- REPETIÇÃO NAUSEANTE: É a aplicação da repetição constante e a crença incorreta de que, quanto mais se diz algo, mais correto está. Exemplo: Se Joãozinho diz tanto que sua ex-namorada é uma mentirosa, então ela é. ’’

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