Hoje o Pacaembu estará
repleto de corintianos. Todos com o coração na mão.
Novamente o time
estará bem perto de conseguir algo que é comum aos outros três grandes de São
Paulo: alcançar uma final de Libertadores. Porém, bastará uma derrota, normal,
plenamente possível, para que o sonho do alvinegro da capital seja adiado mais
uma vez.
Essa pressão enorme
sobre o adversário é um trunfo que os santistas levarão a campo nesse jogo
extremamente nervoso
Se souber jogar com
determinação e inteligência, o Santos explorará a instabilidade emocional do
adversário e sairá do Pacaembu classificado para a sua quinta final da
competição mais importante da América do Sul. Sim, porque por mais que o
Alvinegro Praiano também queira esse título – que será a cereja do bolo no ano
do seu Centenário –, a pressão maior para obtê-lo estará com o time da capital.
A cada vez que Neymar
pegar na bola, que Paulo Henrique Ganso preparar um de seus passes, que Elano
se preparar para cobrar uma falta ou um escanteio, a torcida adversária
prenderá a respiração. Uma vitória do Santos garantirá, no mínimo, que a
disputa vá para os pênaltis, como aconteceu contra o Vélez Sarsfield. E as
lembranças corintianas de disputas de pênaltis na Libertadores é a pior
possível.
Há 12 anos, na
Libertadores de 2000, o alvinegro paulistano estava tão confiante de que
venceria o Palmeiras também no segundo jogo da semifinal, que um diretor
dispensou a palestra acertada com o motivador Roberto Shyniashiki,
transferindo-a para antes do jogo contra o Boca Juniors, pela final. O
Corinthians tinha vencido o Palmeiras por 4 a 3 no primeiro jogo da semifinal e
precisaria apenas de um empate naquela terça-feira, dia 6 de junho de 2000,
para decidir o título com o Boca.
Depois de Euller abrir
o marcador para o Palmeiras, Luizão fez dois gols e deixou o Corinthians na
frente. Parecia que tudo estava decidido, mas Alex e Galeano – este, de cabeça,
nos instantes finais do jogo – deram a dramática vitória aos alviverdes e
levaram a decisão para as penalidades. Então, como se sabe, Marcelinho Carioca,
o Pé de Anjo, chutou para Marcos defender, no momento recente mais doloroso da
história do alvinegro da Zona Leste.
Se bem explorada, essa
pressão psicológica que se abaterá sobre o rival acabará provocando falhas e
desatenções que, se bem exploradas por Neymar, Ganso & Cia serão decisivas
nesse confronto em que o adversário viverá um medo descomunal de perder.
Restará ao Santos ter
muita vontade de ganhar!
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